terça-feira, 4 de setembro de 2007

A escolha do seu próximo samba sem pensar naquele outro samba...

Que mente, hein, SambaNoiado!! Este samba?! Ou aquele samba?! Tá, este... não, não... talvez aquele seja melhor... Será?! É, talvez... ou não... Tá, aquele então... mas por que aquele e não este?! "Ô, SambaNoiado... é preciso escolher qual o teu próximo samba", alguém comentou. "É, é... eu sei disso... na verdade eu já sei qual é o meu próximo samba, já fiz a minha escolha... mas sempre fica alguma dúvida, né..." É, fica... ou não... não dá para escolher um samba e ficar pensando numa outra melodia, em outro refrão... corre-se o risco de o samba eleito nunca ser finalizado, nunca chegar ao seu fim. Defina um samba, componha-o totalmente entregue e escute o resultado final... caso não soe bem aos ouvidos, pelo menos o samba foi vivido, foi experimentado, e é isso que vale a pena... a vivência do samba... escute toda a melodia, cante todo o refrão, sem pensar em como seria aquele outro samba... é assim que tem que ser... ou não... é, é, sim.... neste caso é assim que tem que ser mesmo...

2 comentários:

Anônimo disse...

1965. O pianista cego empunha as primeiras notas de Image Paris. Ainda poucos se atrevem a tocá-la. Aqui jaz Lennie Tristano: o visionário. Cada um tem-teve-terá sua lápide. Escrita em bronze, ouro, mármore ou outra coisa que possa valer alguma coisa. Lápides são linguagens. Lápides são o que se diz. Cada um tem sua lápide. Ora, diz-se de cada um. Daí sua lápide. De muitos, pouco se fala. Lacônicas lápides. Uma palavra só. Ou um gesto. Uma pérfida lembrança. Silenciosa lápide. Viu-se um suspiro gravado numa lápide enquanto o cego visionário do jazz empunha as primeiras notas Image Paris. Aqui jaz uma lápide. Lapidar.

monsieur de le dos.

Priscila disse...

É difícil escolher, mas a vida é feita disto.Bj